Entre 10 e 15% dos
brasileiros não têm o nome do pai registrado na certidão de nascimento.
Quando se trata dos adolescentes internos do Centro de Atendimento Juvenil
Especializado (Caje), esse número sobe para 87%. A estimativa, de 2001,
foi citada ontem em audiência pública na Câmara Legislativa pela promotora
Leonora Brandão Pinheiro, para defender a importância do reconhecimento da
paternidade na formação de crianças e jovens. Segundo Leonora, da
Promotoria de Defesa da Filiação do Ministério Público do DF, para mitigar
o problema, o ônus da prova da paternidade deveria recair sobre o homem.
De acordo com a proposta, defendida também por integrantes da Polícia
Civil, o homem deveria provar, caso haja interesse, que não é o pai da
criança.
Atualmente, os casos de paternidade precisam chegar à Justiça para que
seja autorizado o exame de DNA. Além disso, o homem ainda tem o direito de
registrar a mãe da criança, mesmo indo sozinho ao cartório. Já as mulheres
precisam da presença do pai para preencher a filiação completa do
recém-nascido. O intuito da audiência pública, organizada pela deputada
Erika Kokay (PT) foi promover a chamada paternidade solidária, na qual o
pai participaria mais da criação dos filhos.
Os moradores de Sobradinho terão a oportunidade de, sem sair da cidade,
apresentar críticas, elogios e sugestões à saúde pública da região. Na
próxima segunda-feira, outra audiência pública está marcada, desta vez, na
própria cidade-satélite, para que deputados possam se inteirar da situação
da saúde local. Aberta a toda a população, o encontro está marcado para as
10h.
Tribuna do Brasil - Brasília