Somente em 2011, as autoridades certificadoras brasileiras emitiram quase
2,4 milhões de certificados digitais no Brasil. Os dados foram apresentados
por Renato Martini, diretor presidente do ITI (Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação), durante o Seminário sobre Segurança da
Informação, realizado pela Febraban, nesta quarta-feira, 23/05, em São
Paulo.
O ITI é o órgão responsável por fiscalizar e auditar as autoridades
certificadoras digitais, e seu principal executivo aproveitou o evento da
Febraban para fazer um balanço dos dez anos de atividades da ICP-Brasil (Infraestrutura
de Chaves Públicas), completados no final do ano passado.
Martini fez questão de ressaltar que, neste período, o ICP avançou tanto em
termos tecnológicos, como de abrangência de atuação. "Do lado tecnológico,
as entidades certificadoras contam hoje com chaves de 4096 bits e os
usuários finais têm chaves de 2048 bits. Foi um grande avanço", disse.
Sobre os números da ICP-Brasil, Martini lembrou que ela conta, atualmente,
com 42 entidades certificadoras, 650 autoridades de registro, 184
autoridades de registro (CNPJ), 1.119 instalações técnicas físicas, 2.040
instalações técnicas lógicas, seis unidades de auditoria interna e sete
auditorias independentes.
"Há dez anos, a ICP-Brasil contava com apenas dez autoridades
certificadoras", lembrou Martini, para quem o crescimento - são 42 hoje -
acompanhou o surgimento de novas aplicações no Brasil. O mesmo vale para as
autoridades de registro credenciadas, que eram 12 há dez anos, contra as
atuais 650.
Martini lembrou ainda que, atualmente, 358 municípios contam com instalações
técnicas. "As instalações acompanham o desenho econômico social brasileiro,
por isso se concentram mais no Sul e no Sudeste", afirma. Ainda assim, o
executivo afirma que o uso de certificados vem crescendo, e deve crescer
ainda mais nos próximos anos.
"Em 2011 o Brasil emitiu quase 2,4 milhões de certificados digitais. Somente
em março deste ano, foram 182 mil", disse, lembrando que os maiores
emissores são a Serasa (27%), a CertiSign (25%) e o Serpro (15%). |